Não tem coisa mais certa neste mundo de que já demonstramos nossa personalidade muito cedo. Mesmo sendo meus filhos uma menina e um menino, o

que já resulta em várias coisas diferentes, percebo o quanto têm personalidades distintas. A Ísis sempre com um ar mais maduro, tipo “já entendi mamãe”. Já o João não tem pressa alguma em entender, prefere até se fazer de bobo para não parar uma brincadeira ou para fazer mais manha mesmo.

E assim seguem os dois, um dormindo mais, outro correndo mais, um mais sensível e outro mais despachado. Não importa o quanto façamos do dia a dia deles a mesma rotina. As reações são diferentes, mesmo com os gêmeos. E com tudo isso, vem o desafio: olhar para cada um de forma individualizada sempre. Perceber os sentimentos e emoções de uma criança requer atenção. Mesmo aquelas crianças muito independentes, podem passar por fases de carência, que precisam de reafirmação do amor e do cuidado dos pais e dos demais que estão a sua volta.

Quem já não ouviu alguém dizer: mas quando ele era menor era ótimo e depois começou a fazer isso ou aquilo? Algo aconteceu no caminho. O exercício do olhar individualizado, para saber como eles estão de verdade, é diário. Muitas vezes falhamos, é verdade, e em outras, temos bons momentos de intimidade com nossos pequenos.