É difícil imaginar que nossas crias estão ficando “independentes” e que o tal cordão umbilical já não existe mais. E foi exatamente isso que senti esses dias. Durante uma semana vieram alguns recadinhos na agenda do colégio anunciando um passeio ao teatro, e caso a Iasmim fosse participar eu deveria assiná-lo. Pois bem. No primeiro dia não assinei.

No segundo dia, li novamente, comentei com o pai, mas também não assinei. No terceiro dia, a tia reforçou o recado e solicitou uma resposta. Aí um filme começou a passar pela minha cabeça de mãe insegura. Como será essa saída da escola, o trajeto no ônibus contratado, quantas professoras irão estar presente nessa missão, a descida no local, o

teatro e a volta. Aí lembrei o quanto a Iasmim é medrosa, e imaginei que ela poderia ter medo dos personagens dependendo de como eles se apresentarem.

Enfim, passado o filme, liguei para a escola para saber quais os amiguinhos da sala dela iriam para o passeio, e a lista foi maior do que eu imaginava. Tooodooss os “melhores amigos” da Iasmim vão para o teatro. Depois disso decidimos: A IASMIM VAI AO TEATRO SEM A NOSSA PRESENÇA.

É uma sensação boa de contentamento por vê-la crescendo e ao mesmo tempo de insegurança por não estar perto nesse momento tão legal. Só me resta torcer pra que ela aproveite bastante o primeiro, de vários passeios da sua vida escolar. É uma pena não ter fotos para mostrar. Só sei que o nome da peça é: MARCELO, MARMELO, MARTELO.

O que eu queria com esse texto era dividir essa experiência de ver minha pequena criando asas e começando a trilhar o caminho dela. É difícil,

mas em algum momento, toda mãe passa por essa fase.

Alguém aí já passou por isso? Liberou o filho para um passeio e ficou com o coração na mão?

Beijinhos!