A maioria das mães que conheço já me falou de sofrer na hora de dar a comida do filho. Eu tinha tudo indo bem até um ano e dois meses dos meus pequenos. Abobrinha, berinjela, beterraba, não tinha tempo ruim para nada. Até que começaram as rejeições e as birras na hora do almoço e do jantar.

Era menino no braço, brinquedinho para cá e para lá. Tudo um grande erro. O que ganhei em ficar me desdobrando para conseguir três ou quatro colheres entrando na boquinha: mais birra. O erro e acho que todo livro que fala de alimentação dá essa dica: não supervalorize essa hora. A criança acaba sacando tudo e usando o momento da alimentação para chamar atenção.

E confesso que continuo dando várias bolas fora. Como ceder com alguns agrados só para ver o pratinho deles mais limpo ao final do almoço ou jantar (as refeições que devem ser as mais nutritivas). O que melhorou é que consegui não ficar mais insistindo tanto. Tento uma, duas vezes e tem que ser sentados na mesa, e se não quiserem mais, tiro o prato como se não estivesse acontecendo nada, mas por dentro estou preocupada.

O que os fatos sempre acabam me mostrando é que muitas vezes as crianças compensam o que não comeram na próxima refeição ou até pedem minutos depois a comida rejeitada há pouco. Eu sigo as dicas de oferecer de tudo, mesmo o que já rejeitaram algumas vezes (muitas vezes a fruta que não gostavam viram a predileta, tenho exemplos em casa) e não misturo as comidas. Sempre coloco arroz, feijão, frango, carne ou peixe e mais as verduras separadinhos. Um toque de criatividade também ajuda.

E tem que ficar de olho nos gostos. Lá em casa comidas mais temperadas são sempre sucesso. Azeitonas e queijo ralado também.

O que é certo é que não tem ainda criança sabendo fazer greve de fome. Se não for o caso de estarem doentinhas, elas vão comer quando a fome apertar. E aí vale todo o nosso carinho de oferecer os alimentos mais saudáveis e frescos.

Ah, aproveito

para dar a dica de ter em casa “O Livro Essencial da Alimentação Infantil”, de Annabel Karmel, me ajudou muito. Traz dúvidas e receitas para os pequenos de até três anos.