Não vivemos mais sem tecnologia. Em um mundo completamente digital, nem aquela pessoa mais avessa à ela consegue passar um dia sequer inatingível. A verdade é que estamos tão acostumados a celulares multifuncionais, internet ao alcance da mão, aparelhos e jogos eletrônicos, que nem percebemos o quão dependentes estamos deles.
Mas e quando a tecnologia adentra a vida de nossos filhos? Meu Lucas de sete anos por exemplo, me pediu para fazer uma assinatura do Club Penguin, uma espécie de clube virtual voltado para crianças, onde elas podem jogar e interagir entre si. E essa não foi a primeira vez que ele me pediu algo relacionado ao tema. A tal modernidade chegou cedo na vida dele, através do videogame do pai e dos primos. Hoje em dia, a discussão já está tão avançada que ele me pergunta quando poderá ter seu próprio celular!Porém, o que é tão natural para nós como deve ser tratado quando alcança nossos filhos? A reflexão é válida e rodeada de opiniões, perigos e muitas dúvidas. Como não se preocupar com quem pode estar se aproximando deles através da internet? Como sabemos se nossos rebentos estão dedicando tempo demais ao mundo virtual e dos jogos e se afastando das experiências e obrigações reais? Quando
é a hora de presenteá-los com celulares cada vez mais modernos? E notebooks individuais, PSPs, tablets,….São muitos os apelos e muitas as questões.
Aqui em casa a solução foi o limite. Eu e meu marido estipulamos algumas regras e condições de uso e dessa forma as crianças aproveitam esses ‘novos brinquedos” sem o estresse na família. Isso foi possível porque existe a supervisão e o controle rigoroso sobre o que eles acessam, assistem ou jogam. Lucas pode passar até uma hora por dia no videogame, mas jogos violentos demais e fora da faixa etária são proibidos. Aplicativos em tablets e PSP são ainda mais controlados, porque como são portáteis, quando menos percebemos está ele substituindo uma conversa em família pelos tais joguinhos.Mas a chave para o sucesso foi mesmo o diálogo. Para não causar revolta e frustração, as regras foram todas explicadas e combinadas com as crianças, levando em consideração que um dia eles irão ficar maiores e o controle e supervisão não será mais tão possível e aceitável. Nós, como pais, tentamos por em prática a criação da consciência do uso racional e correto desses aparelhos e ferramentas, e estabelecer uma relação de confiança com nossos filhos. Além disso, estimulamos o exercício de outras atividades como a leitura e o esporte, e valorizamos os momentos juntos em família.
Com essa fórmula, apesar de alguns apelos e manhas de vez em quando, tudo acontece tranquilo e eles aceitam e obedecem muito bem nosso acordo.
Comments
Ju - Margarinando
24/05/2014Sabrina, adorei seu post. É muito bom saber que outras famílias tem os mesmos problemas que a minha. Aqui em casa vivemos o mesmo dilema e nossa solução foi colocar limites. Os limites foram bem explicados mas ainda sou considerada a mãe mais chata do universo, mas nosso acordo também está dando certo. bjus