No último domingo (16/ 02), saltamos da preguiça daquela manhã, e fomos bailar pelas folias de pré-carnaval do Passeio Público e do Mercado dos Pinhões. Lá pelos bailes, lembro de ter soltado a uma amiga “ave-Maria, de olho aqui em meu macaco pulante, porque é menino-aranha demais neste baile de meu Deus!”. Durante amontoadas folias feito o Carnaval, é comum demais brecharmos pai e mãe atormentados com sumiços de seus filhotes num frágil piscar de olhos. Vigilante a isso, antes de assentarmos os pés no mundo, além da conversa firme mantida com os bruguelos aqui de casa sobre obediência e sobre a importância de não se ausentar um segundo de nossas vistas, não abrimos mão de algumas “ferramentas” e “dicas” repassadas incansavelmente a eles.
Fixar neles pulseiras ou cordões de identificação com os nomes deles e os contatos de pai e mãe é regra que procuramos não quebrar. Rente a isso, sempre apontamos à Luíza e ao Benjamin pontos (tipo uma lixeira pública, um banco de praça, uma árvore com uma copa mais farta, uma lanchonete) que possam servir de auxílio pra eles localizarem a gente caso seja necessário. Nunca foi, com a graça de Deus.
Lulu e Ben são também treinados pros gritos. Tipo: “Olhem, caso alguém puxe vocês pra longe da gente, gritem alto, esperneiem. E se, sem querer, vocês se afastarem da gente, berrem ‘mãaaaaaaaae, paaaaaaaaai’, nós vamos reconhecer suas vozes mesmo que um sem fim de crianças estejam fazendo chamamento semelhante no mesmo segundo”. Se você passar por um sumiço desta natureza, no ato do reencontro, tente se ausentar de sermão. É difícil. Mas tente. Penso que se um adulto há de ficar amedrontado numa circunstância dessa, pros pequenos deve ser feito um filme de terror. Então, o bom mesmo é fazer de seus braços refúgio e console. Num segundo momento, com todo mundo mais plácido, converse com eles e oriente-os mil vezes.
Em ambientes aglomerados, algumas famílias elegem como parceira infalível a coleirinha infantil. São muitos os bicos torcidos e as olhadas antipáticas e recriminadoras pra esta ferramenta. Nós mesmo nunca fizemos uso dela. Mas cada terra tem seu dono e quem ama de verdade tenta acertar em cada segundo. Além disso, cada ambiente familiar tem um jeito único de cuidar de suas crias, de se prevenir contra o que há de pior: perder um filho. Portanto, se julgar útil, proveitoso e se isso for tornar você mais serena (o) e sossegada (o), tenha a tiracolo – sim – a coleirinha. Existem umas que até parecem umas mochilinhas e agarram as crianças que nem fossem bichinhos. A meninada chega a achar uma fofura.
Benjamin e Luíza são, dum modo geral, fiéis aos nossos combinados. Mas uma coisa é certa: há uma curiosidade sem limite que os conduz. E é esta bendita que, vez por outra, arremessa-os pra longe do pai e da mãe. Nunca
os perdemos de vista. Mas toda atenção é sempre bem-vinda. Junto a isso tudo, pra hora da folia, temos sempre por perto muito água, suquinhos, frutinhas, roupas mais ventiladas. Essas são belezinhas formidáveis pro bem-estar deles, e não deixam de ser itens que despontam como fundamentais na lista dos cuidados que temos sempre com nossos pequenos.
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